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Mensagem de Dom Sebastião aos Leigos e Leigas

Aos Leigos e Leigas

Encerrando os domingos do mês vocacional retornamos todos nós a fonte comum da vida cristã, mergulhados na vida do Cristo, desde crianças, por obra e graça da Santíssima Trindade: Pai, Filho, Espírito Santo!

Aos que não foram chamados para missão no ministério ordenado e nem na vida religiosa, permanecem unidos a Jesus Cristo no sacerdócio comum dos fiéis, no dizer de São Clemente de Roma: “na linhagem dos levitas”.

Um texto do Papa Francisco:
“Olhar para o Povo de Deus é recordar que todos fazemos o nosso ingresso na Igreja como leigos. O primeiro sacramento, que sela para sempre a nossa identidade, e do qual deveríamos ser sempre orgulhosos, é o batismo. Através dele e com a unção do Espírito Santo, (os fiéis) «são consagrados para serem edifício espiritual e sacerdócio santo» (Lumen gentium, 10). A nossa primeira e fundamental consagração afunda as suas raízes no nosso batismo. Ninguém foi batizado sacerdote nem bispo. Batizaram-nos leigos e é o sinal indelével que jamais poderá ser cancelado. Faz-nos bem recordar que a Igreja não é uma elite de sacerdotes, consagrados, bispos mas que todos formamos o Santo Povo fiel de Deus. Esquecermo-nos disto comporta vários riscos e deformações na nossa experiência, quer pessoal quer comunitária, do ministério que a Igreja nos confiou. Somos, como frisou o concílio Vaticano II, o Povo de Deus, cuja identidade é «a dignidade e a liberdade dos filhos de Deus, em cujos corações o Espírito Santo habita como num templo» (Lumen gentium, 9). O Santo Povo fiel de Deus foi ungido com a graça do Espírito Santo e, portanto, no momento de refletir, pensar, avaliar, discernir, devemos estar muito atentos a esta unção”. (Papa Francisco, carta ao Cardeal Marc Ouellet, da Pontifícia Comissão para a América Latina)

Rogo ao bom Deus que abençoe nossos leigos e leigas para que na missão que lhes é própria, continuem corajosos(as) no protagonismo da evangelização e na presença no mundo:
“Não podemos refletir sobre o tema do laicado ignorando uma das maiores deformações que a América Latina deve enfrentar — e para a qual peço que dirijais uma atenção particular — o clericalismo. Esta atitude não só anula a personalidade dos cristãos, mas tende também a diminuir e a subestimar a graça batismal que o Espírito Santo pôs no coração do nosso povo. O clericalismo leva a uma homologação do laicado; tratando-o como «mandatário» limita as diversas iniciativas e esforços e, ousaria dizer, as audácias necessárias para poder anunciar a Boa Nova do Evangelho em todos os âmbitos da atividade social e, sobretudo, política”. (cf LG 9-14) (Idem).

Obrigado catequistas pelo anúncio que fazem do mistério de Cristo e da Igreja… introduzindo os irmãos e as irmãs na fé, animado-os para manterem-se firme até o fim!

Em Cristo Jesus,
Dom Sebastião Lima Duarte
De Caxias-MA, bispo