A Pastoral Carcerária é a presença de Cristo e de sua Igreja no mundo dos cárceres onde procura desenvolver todos os trabalhos que essa presença vem a exigir. A Pastoral mantém contatos e relações de trabalho e parceria com organismos dos poderes Executivo, Judiciário e Legislativo, como também ONG’s locais, nacionais e internacionais.
Contato no e-mail: pastoralcarcerariacaxiasma@gmail.com

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Missão
Características da Pastoral Carcerária: 1) Está junto das pessoas privadas de liberdade. Só a proximidade que nos faz amigos nos permite apreciar profundamente os valores das pessoas privadas de liberdade, seus legítimos desejos e seu modo próprio de viver a fé. À luz do Evangelho reconhecemos sua imensa dignidade e seu valor sagrado aos olhos de Cristo, pobre como eles e excluído como eles. Desta experiência cristã compartilharemos com eles a defesa de seus direitos”. (DA.398) 2) Busca a Libertação integral da pessoa humana no mundo do cárcere. Consciente de que precisa enfrentar as urgências que decorrem da violência e da miséria do sistema prisional, o agente voluntario, da Pastoral Carcerária busca dialogar fraternalmente com todos os membros do Sistema Prisional para melhor atender os irmão privados de liberdade. 3) Escolhe radicalmente, a opção fundamental e a experiência concreta de uma vida na caridade, muito mais do que a realização de obras boas, bonitas e notáveis, sinaliza, apresenta e mostra ao mundo do cárcere a VERDADE DE JESUS CRISTO.(Documento Sinodal.p.20).
História
A Pastoral Carcerária nasceu com o próprio Jesus Cristo. Ele mandou que os cristãos visitassem os presos e Ele mesmo foi um preso. Depois dele, os apóstolos também foram presos, recebiam visitas e se correspondiam por cartas com os demais cristãos. Essa solidariedade dos cristãos com os presos, que hoje chamamos de Pastoral Carcerária, nasceu com o próprio cristianismo e cresceu espontaneamente, pois onde existisse uma prisão, havia voluntários visitando os encarcerados. No entanto, somente na Idade Média, a partir dos séculos XI e XII, nasceram grupos organizados para visitar e resgatar as pessoas encarceradas. Com a expansão do número de cárceres, principalmente, após ascensão da prisão como principal forma de punição, a Pastoral Carcerária cresceu, uma vez que ela sempre se compôs de cristãos que se organizam e voluntarizam para o atendimento às pessoas privadas de liberdade. No Brasil, embora a existência de grupos de visitação perde-se no tempo, a Pastoral Carcerária como serviço organizado da CNBB deu passos decisivos a partir de 1986, quando se realizou a primeira reunião nacional de que se tem notícia. A partir de 1988 a coordenação nacional é criada e se iniciam contatos com organizações nacionais e internacionais, estes por meio do padre Chico, e passa a canalizar seus esforços para a contestação do sistema penitenciário e das violações dos direitos de presas e presas. O massacre do Carandiru em 1992 abriu as veias do sistema penitenciário. A Pastoral Carcerária que já vinha apontando as frequentes brutalidades do sistema foi uma importante fonte de informação para aqueles que desconfiavam dos dados oficiais. Com o lema: “Cristo Liberta de todas as Prisões”, a Campanha da Fraternidade sobre os presos de 1997 representou um marco na vida da Pastoral Carcerária, pois a partir daí houve extraordinária expansão da Pastoral Carcerária por todo o Brasil. Durante as rebeliões de maio de 2006 acompanhou de perto os acontecimentos e apontou os equívocos de uma política estatal minimalista no reconhecimento dos direitos dos presos e maximalista na criminalização e repressão aos pobres. Essa política de segurança pública repressiva e retributiva levou a Pastoral Carcerária a propor como tema da Campanha da Fraternidade de 2009 a segurança pública para trazer os cristãos e a sociedade em geral a assumir juntos o compromisso com a paz. Atualmente em Caxias a pastoral carcerária estar atuando desde 1990. Com objetivo de Evangelizar e promover a dignidade humana por meio da presença da Igreja nos cárceres.
Espiritualidade
A VI Conferência Episcopal latino-americana e Caribenha, em Santo Domingo, República Dominicana, em outubro de 1992, confirmada pelo Documento de Aparecida, apresentou os elementos básicos de Espiritualidades da pastoral carcerária como: 1) Espiritualidade trinitária. “Uma autêntica proposta de encontro com Jesus Cristo deve se estabelecer sobre o sólido fundamento da Trindade-Amor. A experiência de um Deus uno e trino, que é unidade e comunhão inseparável, permite-nos superar o egoísmo para nos encontrar plenamente no serviço para com o outro.” (DA.240). 2) Espiritualidade de comunhão, de inclusão e de diálogo. “A Igreja é comunhão no amor. Esta é sua essência através da qual é chamada a ser reconhecida como seguidora de Cristo e servidora da humanidade. O novo mandamento é o que une os discípulos entre si, reconhecendo-se como irmãos e irmãs, obedientes ao mesmo Mestre, membros unidos à mesma Cabeça e, por isso, chamados a cuidarem uns dos outros (1 Cor 13; Cl 3,12-14).” (DA.161). 3) Espiritualidade de Encarnação: de presença, de escuta e de acompanhamento. “Na história do amor trinitário, Jesus de Nazaré, homem como nós e Deus conosco, morto e ressuscitado, nos é dado como Caminho, Verdade e Vida. No encontro de fé com o inaudito realismo de sua Encarnação, podemos ouvir, ver com nossos olhos, contemplar e tocar com nossas mãos a Palavra de vida (cf. 1 Jo 1,1), experimentamos que “o próprio Deus vai atrás da ovelha perdida, a humanidade doente e extraviada. Quando em suas parábolas Jesus fala do pastor que vai atrás da ovelha desgarrada, da mulher que procura a dracma, do pai que sai ao encontro de seu filho pródigo e o abraça, não se trata só de meras palavras, mas da explicação de seu próprio ser e agir”. Esta prova definitiva de amor tem o caráter de um esvaziamento radical (kênosis), porque Cristo “se humilhou a si mesmo fazendo-se obediente até a morte e morte de cruz”. (Fl 2,8) (DA. 142). 4) Espiritualidade de encontro com a pessoa de Jesus Cristo. “O acontecimento de Cristo é, portanto, o início desse sujeito novo que surge na história e a quem chamamos discípulo: “Não se começa a ser cristão por uma decisão ética ou uma grande idéia, mas através do encontro com um acontecimento, com uma Pessoa, que dá um novo horizonte à vida e, com isso, uma orientação decisiva”. Isto é justamente o que, com apresentações diferentes, todos os evangelhos nos tem conservado como sendo o início do cristianismo: um encontro de fé com a pessoa de Jesus (cf. Jo 1,35-39)”. (DA 243).
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